Frio. Um frio intenso e apenas um pequeno brilho no meio de uma escuridão, o que ainda representa vida. Talvez seja uma esperança ou simples vontade não estar só. Ou, quem sabe, uma lembrança?
É difícil entender como sente-se uma torre em pleno litoral. É grandiosa, parece inabalável, mas ninguém sabe sobre seu desejo de ser farol. Porém, como acreditar nisso ao sentir toda a frieza de suas paredes? Sua iluminação própria mal serve-lhe bem, como poderia iluminar ou guiar outros?
É um litoral perigoso, o mar é agitado e pouco navegado, desconhecido. O frio, que traz as tempestades de neve e as grandes pedras de gelo só acentua o perigo. E a torre está lá, inabalável, com toda a sua altura e pose, tomando posse de seu império de escuridão e inosptabilidade.
Foi quando decidiu ser farol que resolveu abdicar do uso da luz em si própria para tentar iluminar alguém. Uma decisão difícil, nem se conhecia por completo. Com aquela pequena luz era realmente impossível. Contudo, após tantos anos já pensava que se conhecia muito bem, achando-se estável e suficiente.
Um barco apareceu por aqueles mares, estava perdido. Como ajudar, como iluminar o caminho? Como mostrar que estava ali? Havia decidido ser farol, mas não tinha estrutura e nem sabia como ser isso. Resolveu ficar transparente para compartilhar ao máximo sua luz. Em um curto intervalo de tempo conseguiu visualizar o barco, não muito bem e muito menos por completo, mas só aquela parte mal iluminada já foi o suficiente.
Queria ser farol, queria ajudar aquele barco, queria guiar, oferecer um caminho, um caminho até ela. Havia o desejo de ser percebida. E esse desejo gerou uma força que aumentou infinitamente a capacidade da luz da torre. O grande problema é que ela não estava preparada para isso. Por fora continuava a fria e estável torre e por dentro o calor e energia do desejo faziam com que tudo começasse a derreter e, incrivelmente, pela primeira vez, a torre estava suando. Todo o seu contéudo era uma confusão quente, uma explosão de luz intensa e nada se via por dentro, porém tudo se via por fora. Estava transparente.
Nesse pequeno tempo em que não conseguia ver a si própria, a torre só via o barco, até o momento em que o barco e a torre eram apenas energia. Para falar a verdade não existia mais barco e nem torre, existia paixão. Paixão que era luz, era cor, era quente, era vida.
Porém, ainda havia escuridão em volta. Assim como ainda havia o frio, o gelo e todos os outros perigos, que também continuavam essenciais. Era necessário e essencial! Perigos e paixões geram contraste.
Contraste sobressai, contraste cria, assim como desconstrói. Contraste é amor.
É difícil entender como sente-se uma torre em pleno litoral. É grandiosa, parece inabalável, mas ninguém sabe sobre seu desejo de ser farol. Porém, como acreditar nisso ao sentir toda a frieza de suas paredes? Sua iluminação própria mal serve-lhe bem, como poderia iluminar ou guiar outros?
É um litoral perigoso, o mar é agitado e pouco navegado, desconhecido. O frio, que traz as tempestades de neve e as grandes pedras de gelo só acentua o perigo. E a torre está lá, inabalável, com toda a sua altura e pose, tomando posse de seu império de escuridão e inosptabilidade.
Foi quando decidiu ser farol que resolveu abdicar do uso da luz em si própria para tentar iluminar alguém. Uma decisão difícil, nem se conhecia por completo. Com aquela pequena luz era realmente impossível. Contudo, após tantos anos já pensava que se conhecia muito bem, achando-se estável e suficiente.
Um barco apareceu por aqueles mares, estava perdido. Como ajudar, como iluminar o caminho? Como mostrar que estava ali? Havia decidido ser farol, mas não tinha estrutura e nem sabia como ser isso. Resolveu ficar transparente para compartilhar ao máximo sua luz. Em um curto intervalo de tempo conseguiu visualizar o barco, não muito bem e muito menos por completo, mas só aquela parte mal iluminada já foi o suficiente.
Queria ser farol, queria ajudar aquele barco, queria guiar, oferecer um caminho, um caminho até ela. Havia o desejo de ser percebida. E esse desejo gerou uma força que aumentou infinitamente a capacidade da luz da torre. O grande problema é que ela não estava preparada para isso. Por fora continuava a fria e estável torre e por dentro o calor e energia do desejo faziam com que tudo começasse a derreter e, incrivelmente, pela primeira vez, a torre estava suando. Todo o seu contéudo era uma confusão quente, uma explosão de luz intensa e nada se via por dentro, porém tudo se via por fora. Estava transparente.
Nesse pequeno tempo em que não conseguia ver a si própria, a torre só via o barco, até o momento em que o barco e a torre eram apenas energia. Para falar a verdade não existia mais barco e nem torre, existia paixão. Paixão que era luz, era cor, era quente, era vida.
Porém, ainda havia escuridão em volta. Assim como ainda havia o frio, o gelo e todos os outros perigos, que também continuavam essenciais. Era necessário e essencial! Perigos e paixões geram contraste.
Contraste sobressai, contraste cria, assim como desconstrói. Contraste é amor.
8 comentários:
lindo!
lindo! [2]
lindo [3]
lindo!! [4]
lindo! [5]
Vc nem tem noção do quanto tocou no meu sentimento agora com esse texto!!!É sério, Sr. Cappello...
lindo [6]!
lindo! [7]
nem conhecia o blog e já adorei! suas palavras são bem intensas e vivas!
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