Esperava por uma palavra
para terminar tudo
e conseguir me livrar
de qualquer sentimento
alguma memória
e todo o mal estar
Já não imaginava
um desfecho alegre
só queria paz
mas ainda faltava uma palavra
para retomar o rumo
e parar de olhar para trás
Arrancaram-me os retrovisores
Porém, ainda tinha pesadelos
E conseguia ver o passado
Até que a palavra veio
pegou-me de surpresa
até achei que havia inventado
O que começou no despertar
após passar por muito sono
O jogo tem seu fim agora
Para finalizar
Ainda queria dizer uma palavra
Antes de ter que ir embora
sábado, 24 de janeiro de 2009
Para finalizar
Postado por João Cappello às 00:54 0 comentários
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domingo, 18 de janeiro de 2009
Jogo de opiniões
Por Todos
João: Eu até estava começando a dormir, depois do sono. Nem passou muito tempo e me acordaram.
Edu: Sério?
João: Ainda estava com um pouco de sono, mas continuei acordado. Para nada... só havia o silêncio.
Cappellinho: Você foi um idiota! Pediu para ser acordado, não deveria esperar outra coisa. Se fosse eu dormiria tranquilo com uma plaquinha com os dizeres "Não perturbe" na porta.
Pandys: Não tinha nada que pedir. Tinha mais é que sair escondido por aí enquanto pensavam que você estava dormindo para sair por aí e curtir a noite.
Cappellinho: Ou o dia. Ou os dois.
João: Eu estava cansado, precisava dormir e descansar um pouco. Por isso que pedi para me acordar. Achei que valeria a pena. E também, não queria ficar dormindo por muito tempo.
Edu: Dormir é bom. Leva embora muita coisa.
Cappellinho: É. Leva embora muita coisa e assim, você perde muita coisa também!
Pandys: Espera, quero entender melhor. Você estava dormindo, foi acordado e...?
João: E nada. Continuo mergulhado no silêncio esperando uma palavra.
Edu: Oh... que... bonito...
Pandys: Que deprimente! Pare de esperar por palavras! Diga as suas próprias e faça o seu caminho. Suas próprias palavras farão você se encontrar.
Edu: Ou se perder...
Cappellinho: Pelo menos irá para algum lugar!
Pandys: Melhor do que ficar aí nessa. Escuta! Tem alguém vindo aí verificar se você está dormindo mesmo.
Edu: E ela não ficará nada feliz ao ver porque você acordou...
Cappellinho: Nós também não ficamos nada felizes!
Pandys: Você tem que realmente acordar e logo. Só que não desse jeito! Senão, logo não conseguirá mais dormir!
João: Ah! Querem saber? Vocês estão me deixando muito confuso. Prefiro ficar curtindo a paz desse silêncio que me angustia do que ficar aqui discutindo com vocês.
Edu: Hum...
João: Chega! Vocês precisam sair agora! Preciso voltar a dormir e disfarçar que acordei.
Pandys: Pff... o que vai ser bem difícil. Quer um conselho?
João: Não! Tchau!
Cappellinho: Se eu fosse você... escutaria...
João: Não! Saiam!
Edu: Snif.
Pandys: Falarei mesmo assim. Pare com isso! Eles estão chegando! Aproveite e acorde agora!
João: Não! Não dá!
Cappellinho: Deixe de ser teimoso e burro! Eles chegaram... Acorde!
Clic...
Postado por João Cappello às 00:00 9 comentários
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domingo, 11 de janeiro de 2009
Sono
Cheguei a acreditar por um bom tempo e enquanto isso, sofria. Ninguém acreditava mais, eu resolvi não acreditar também e isso doeu mais do que tudo.
Hoje estou ótimo, deitado, relaxado aqui bem perto desse rio e um lindo dia pinta-se a minnha volta. Já cheguei a ter raiva, mas a raiva me prendia, resolvi soltá-la. E como ter raiva em um lugar assim?
Tudo é maravilhoso. Aquela folha em forma de coração me faz lembrar o passado. Um passado de mentira? Eu já não tenho mais tanta certeza e não há ninguém para me dizer o que é ou não.
E se fosse uma mentira? Ah, eu sentia uma saudade grande daquela mentira, mas não queria vivê-la de novo. Hum... mesmo com toda a confusão, eu precisava de uma palavra. E o vento balançando as folhas das árvores tentava me dizer o que eu queria ouvir.
Uma palavra para me soltar dessa saudade, para me tirar dessa dúvida. Apenas uma, mesmo, para me prender a um carinho infinito e me deixar em paz. Parece muito peso para uma palavra só. Mas não precisa ficar escolhendo minuciosamente essa palavra. Pode ser qualquer uma. E eu saberei que é real.
Agora preciso dormir, essas águas e folhas querem me distrair sussurando coisas em meu ouvido enquanto o vento tenta me hipnotizar, mas lembrarei de você, essa folha em forma de coração não me deixa esquecer e continuarei esperando por notícias.
Se eu estiver dormindo, não hesite em me acordar.
Postado por João Cappello às 01:21 4 comentários
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